terça-feira, 30 de março de 2010

2.500 anos de Maratona


Em 490 A.C. os persas invadiram a planície da cidade grega de Maratona. Daí, começaram a preparar-se para o seu objectivo final, a invasão de Atenas. Juraram que, depois de derrotar o exército grego, ao entrar em Atenas violariam as mulheres e matariam as crianças.

Em clara inferioridade numérica, o general grego Milcíades ordenou ao seu melhor corredor, o soldado e atleta Fidípidis, para correr até Esparta e outras localidades para os incentivar a juntarem-se ao exército.
Em 2 dias Fidípidis correu cerca de 240 quilómetros.

Foi dura e prolongada a batalha, mas o exército grego, reforçado pelos soldados que Fidípidis conseguiu reunir, venceu.

Como, para impedir a ameaça persa, tinham sido dadas ordens às mulheres para se suicidarem e matarem os seus filhos caso não vissem o exército regressar em 24 horas, Fidípidis foi encarregue de nova missão. Correr o mais rápido possível os pouco mais de 40 quilómetros que separavam Maratona de Atenas para dar a boa nova.

Apesar de esgotado pela distância percorrida antes da batalha e pelo esforço heróico desta, Fidípidis nunca desistiu e ao chegar às portas de Atenas apenas gritou VENCEMOS caindo morto pelo esforço.

Em 1894, o barão Pierre de Coubertin, com apenas 21 anos na altura, idealizou uma competição internacional para promover o Atletismo. Tirando partido dum crescente interesse internacional sobre os Jogos Olímpicos da antiguidade, alimentado por descobertas arqueológicas nas ruínas de Olímpia, Coubertin concebeu um plano para fazer reviver os Jogos Olímpicos.
Para publicitar os seus planos, organizou um congresso internacional em Paris onde propôs que fosse restituída a tradição de organizar um evento desportivo periódico, inspirado no que se fazia na Grécia antiga. Este congresso levou à constituição do Comité Olímpico Internacional e à decisão que os primeiros jogos fossem em Atenas em 1896.

No intuito de criar uma ponte entre a antiguidade e a era moderna, foi decidido organizar uma corrida nesse Jogos que homenageasse o heroísmo de Fidípidis para evitar a morte das atenienses e seus filhos. Essa corrida seria pelo mesmo caminho entre Maratona e Atenas e foi-lhe dada o título de Maratona.
O seu vencedor foi um pastor de ovelhas grego de 23 anos de seu nome Spiridon Louis que se tornou assim herói nacional, recebendo inúmeros presentes, desde jóias até à oferta de ter a barba feita de forma gratuita pelos barbeiros da região pelo resto da sua vida.
Foi a sua primeira e última corrida. Passou a ter uma vida mais sossegada, primeiro como fazendeiro e depois oficial da polícia.

Continuou a organizar-se uma corrida com esta distância e que se tornou hoje em dia o sonho maior de milhares de atletas por todo o mundo que anseiam passarem a ser conhecidos por maratonistas e onde na glória de cortar a meta possam ouvir bem no seu intimo o grito de Fidípidis... Vencemos!

Este ano de 2010, foi considerado o "Ano Maratona" pelos seus 2.500 anos (490 AC - 2010 DC), embora esta data seja simbólica porque na realidade os 2.500 anos apenas serão realmente considerados no próximo ano pois não existiu o ano zero.

O poster inicial simboliza o "Ano Maratona".

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