domingo, 4 de julho de 2010

O muito calor na Corrida Santa Casa não parou atletas!

A temperatura demasiada elevada para uma corrida desta extensão, não demoveu os atletas que bateram novo record de participação.
Depois dos 736 na edição inaugural de 2008 e 1.238 em 2009, este ano foram 1.427 os atletas que se classificaram, e todos a denotarem o grande esforço que foi correr em tais condições.

Devido a um evento, não foi possível levar a corrida até ao Rossio, quedando-se a meta pelos Restauradores, reduzindo a distância para 9.600 metros, o que nunca é agradável para os atletas que comparam os tempos com outras corridas.
Esta foi uma situação a que a organização teve que responder e não tem responsabilidade, de resto esteve bem, inclusive com a visão de ter colocado 2 reabastecimentos.
O único ponto a corrigir foi a morosidade a entregar os sacos no final, estando os atletas à torreira do sol depois duma prova tão desgastante. Pelo menos ter água logo à saída da meta teria sido bom.

Artur Santiago dos Caxienses foi o mais rápido, cortando a meta com 30.15 e 19 segundos de avanço sobre o 2º e melhor veterano, Carlos Alves do Boavista de S. Mateus, enquanto Luís Batista do Câmara fechou o pódio com 31.07
Beatriz Cunha (que aparece na relação de inscritos pelo seu habitual clube, Patameiras, mas na classificação geral está como Real Academia) não deixou os seus pergaminhos por mãos alheias e venceu em 37.17, batendo a benfiquista Lucília Soares por 47 segundos. A 3ª, Paula Fernandes cortou a meta já com 41.10, seguida por Paula Lemos, ambas da Garmin. Assim, as 4 primeiras foram todas atletas veteranas, aparecendo só então a primeira sénior, Lúcia Oliveira da Açoreana.

Quanto a mim, a prova dividiu-se em duas. A primeira parte até aos 9.500 metros e a segunda os últimos 100 metros. Passo a explicar tão estranha divisão. Corri bem, a média dava 10 quilómetros em 54.50, e para mim menos de 55 minutos aos 10 é sempre bom, mas mais do que o calor, que "ajudou à festa", o facto de estar a tomar um antibiótico provocou-me algumas alterações (já na Meia da Ponte me aconteceu o mesmo) e a descida da Avenida da Liberdade foi em grande sofrimento, apesar de até ser a descer. E o impensável aconteceu, a escassos 100 metros da meta ("ninguém" pára aí), parei pois comecei a sentir-me mal e com tonturas. Andei uns 50 metros e depois retomei a corrida para ao menos cortar a meta a correr.
Na longa fila ao sol para levantar o saco, tive que pedir à Sandra que o fizesse por mim e deitei-me no chão à sombra. Ao fim dum quarto de hora estava recuperado mas já é a segunda vez que fazer um grande esforço, como foi correr com esta temperatura, aliado a tomar medicamentos, que não estou habituado, dá um "cocktail" explosivo.

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