sábado, 31 de dezembro de 2011

Excelente organização recompensada com perto de milhar e meio nos Olivais

                                       
Já há dois dias atrás referia o paradoxo de no ano em que cortou substancialmente o orçamento, a Volta ao Funchal disparou na participação. Semelhante discurso para a 23ª edição da São Silvestre dos Olivais, disputada ontem à noite e que pulverizou o anterior record de 1.117 atletas classificados em 2008 para 1.484, 367 mais e 397 sobre o ano passado.

Cortes, não foi o atleta de pelotão a senti-los pois tudo esteve perfeito, até com a evolução de cortarmos a meta e vermos num ecran gigante a classificação em tempo real. Facilidades do novo chip que, apesar de ser estranho a colocar, tem uma série de funcionalidades e rigor, permitindo também que apareça na classificação o tempo real de prova de cada atleta.


O percurso foi diferente mas, sinceramente não notei. Apenas tinha participado em 2010 e recordo-me que a parte inicial e final eram iguais. O meio, talvez por ser de noite, não distingui onde havia diferença. É um percurso selectivo e agradável de correr.

Ricardo Dias do Maratona bisou a vitória alcançada em 2010, cortando a meta destacado em 31.19, menos 1.09 que Ricardo Paixão do Estreito e 1.18 de Carlos Santos do Benfica.
Correndo pelo Gira Sol, Maria José Areias triunfou com 39.08, tendo Catarina Ferreira dos Joaninhas de Leião finalizado a apenas 4 segundos. Patrícia Serafim (Praças Armada) classificou-se em 3ª a 37 segundos.

Colectivamente, vitória para o Benaventense, seguidos pelo Vale Silêncio e Alto Moinho.
Os 4 ao Km classificaram-se em 97º entre 109 equipas chegadas com um mínimo de 4 atletas.

Dos 1.484 classificados, 183 eram senhoras (12,3%) 


A nível pessoal, esta prova teve a curiosidade de ser a número 200. E estive em risco de participar até menos de 24 horas antes, devido a uma lesão no joelho direito, mais concretamente uma inflamação na pata de ganso.
Deu para correr mas com todo o cuidado, em especial nas descidas que fazia muito devagar. Felizmente nas subidas o joelho não dava sinal e podia correr melhor. Aliás, na subida final recuperei muitos lugares pois vinha fresco por uma corrida feita não ao sabor do esforço mas dos sinais vindos do joelho.
Acabei por apanhar a Sandra e o João Branco e pudemos cortar a meta os três, com 59.09 de tempo real.
Quando cheguei a casa o joelho estava dorido e deitei-me convencido que hoje não iria ter possibilidade de correr na Amadora que tanto gosto, mas com a noite a coisa foi mais ao sítio e estou a apontar estar presente.


Como a corrida número 200 é uma marca significativa na carreira dum atleta de pelotão, aqui vão alguns dados estatísticos:
Nestas 200 provas, percorri 2.340,561 metros, gastando 214 horas 27 minutos e 14 segundos. 182 vezes como individual, 15 pelos 4 ao km e 3 pelos Leões de Porto Salvo. 
Recebi 82 medalhas (todas de participação...), o dorsal mais baixo foi o 6 e o mais alto 31805. 
150 provas foram efectuadas com chip, 50 sem. 
178 disputadas integralmente em alcatrão, 2 em terra, 18 alcatrão e terra, 1 de cross e 1 em pista de tartan. 
Terminei 197, tendo sido obrigado a desistir por 3 ocasiões, sempre por real impossibilidade de continuar. Estive presente em 84 provas diferentes.
Divididas por anos, foram 20 corridas em 2006, 30 em 2007, 36 em 2008, 18 em 2009, 47 em 2010 e a de ontem foi a 49 de 2011, esperando daqui a pouco realizar a número 50 de 2011 na Amadora.


    

2 comentários:

  1. Se dúvidas houvesse, esse é mais um exemplo que os hábitos desportivos dos portugueses estão a mudar para melhor. O aumento da participação nessa corrida será certamente proporcional a todos os outros que com frequência vão treinar a andar ou a correr e que ainda não se sentem capazes de entrar numa prova desportiva. Dá gosto ver esses números.
    As melhoras desse joelho para que seja uma grande prova na Amadora.
    E que 2012 traga tudo de bom e muitas conquistas desportivas, entre elas, o baixar dos 50' e o concluir dos mais de 42Km. Bom ano.

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  2. Que palmares impressionante o teu!
    Eu tenho muito mais anos deste “fado” e muitíssimo menos provas!
    Serei um “animal” muito menos asfaltado (!) e, curiosamente, já corri com o dorsal número um!
    O meu registo de dados nem se compara com o teu rigor estatístico!
    Já agora nunca fiz uma prova em tartan mas do alcatrão aos caminhos de cabras, passando pela lama já corri em tudo o que é piso!
    Mais um curiosidade: já corri numa prova feita em Espanha, sem espanhóis e com um organização Portuguesa (!).
    Nunca desisti em provas mas é muito mais sorte que mérito meu!
    Quando a classificações tenho como melhor o 5 lugar obtido nas 12 horas de Vila Real de Santo António em 1987 e como pior vários últimos lugares em provas de montanha (trail).

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