domingo, 26 de maio de 2013

Correr no Guincho entre a serra e o mar


Os 4 ao Km presentes: Eberhard, João, Rute e Isa na corrida, Isabel na caminhada

Estreei-me hoje na Corrida do Guincho, Entre a Serra e o Mar, prova de características de montanha, cuja única experiência mais semelhante foram os Trilhos de Monsanto em 2010 e os Trilhos dos Dinossauros em 2012, mas longe de serem como esta prova.

Passa-se por sítios muito bonitos mas a possibilidade de apreciar condignamente esses locais é reduzida pois não se podem tirar os olhos do chão para evitar colocar o pé mal ou em cima dalguma pedra ou buraco. 

E cá vamos nos primeiros metros após a partida
Gosto muito deste tipo de desafios e toda a sua ambiência mas reconheço que não fui feito para eles. A minha passada sui generis é muito propícia a facilmente torcer um pé em pisos como são os de montanha, além de ser um atleta que se já desço muito mal em estrada, neste tipo de piso e sem técnica de descida é uma desgraça e os joelhos desatam a refilar comigo.
As subidas são o grande aliciante mas uma há nesta corrida que não é possível fazer a correr. Aquilo é uma parede autêntica mas chegando lá acima é uma grande satisfação por ter sido vencida.

De resto, muito ar puro, outro ambiente competitivo e de vez em quando virei a uma para matar saudades. A próxima estou a apontar a Corrida do Monge no final de Outubro. Terei é que andar sempre como hoje, devagar devagarinho para não vir torcido, o que, tal como já disse, é pena pois gosto disto.

Bonita foto que a Isa tirou em plena prova. Sempre me viram correr com chapéu? Pois... o vento hoje era muito e tive que prescindir para ele não voar!
Hoje a Rute e o Eberhard logo descolaram após a partida e eu e a Isa ficámos cá atrás, no início mesmo em últimos. Seguiu-se uma passagem por umas ribeiras que foram desembocar a um curioso túnel iluminado com archotes. Ora com o meu problema de visão nocturna, fiquei sem ver quase nada, a única coisa que via eram as novas meias de compressão da Isa que são laranja fluorescente e me deram muito jeito pois pus-me a segui-las porque se a Isa não caia indo por ali, eu também não iria cair. 

Depois deu-se uma parte rápida, para soltarmos a passada e ao entrarmos na estrada do Abano, iniciámos as subidas a sério. Foi muito agradável, apesar da dureza e as maiores dificuldades só se deram já perto do final numa parte muito estreita a descer onde cheguei a chocar com a Isa pois não consegui travar convenientemente. Ok, não chegou a ser choque mas quase! Como quase tinha sido um susto que a Isa pregou ao tropeçar numa pedra e começou a levantar voo mas conseguiu equilibrar-se e ficar de pé em vez de cair para cima dumas pedras.

Ainda havia forças para sprintar para a meta
No final, espaço para um sprintzinho para a meta onde recebemos um saco que, entre outras coisas, tinha um belo pão com chouriço.

E terminou assim esta prova que, e eles sabem porquê, dedico esta corrida aos meus amigos Egas e Jorge.

A vencedora feminina, Rosa Madureira
Lá à frente, muito à frente, Abílio Pereira dos Águias de Alvelos triunfou em 45.48, seguido por João Amorim do Penafiel a 13 segundos e Vítor Barbosa do Castelo de Paiva a 56.

No sector feminino, Rosa Madureira do Penafiel foi a vencedora em 52.14, seguida por Patrícia Serafim do Praças da Armada a 3.19 e Sara Brito do Barreira a 6.25

Colectivamente, o pódio foi para o Penafiel, Castelo de Paiva e Águias Unidas. Entre 37 equipas os 4 ao Km foram 37º. Por outras palavras mais divertidas, ficámos à frente de todas as equipas que aqui não se deslocaram.

Finalizaram 398 atletas, a 2ª melhor participação a apenas 55 do anterior máximo do ano passado mas realce-se a série de diferentes provas que se disputaram hoje nas redondezas. 
Dos 398, 63 foram senhoras o que proporciona a boa relação de 15,8%




21 comentários:

  1. Pois sabemos sim senhora!
    Mas prepara-te para o Guincho que vais andar agarrados as árvores nas descidas (pelo menos numa).
    Depois explico-te!
    hihihihihihihihi

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    1. Olha que a Isa e a Rute hesitaram qual seria mais dura, esta ou o Monge. Mesmo que seja um bocado mais, não será como aquelas fotografias que me enviaste doutra prova!

      Um abraço

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  2. João, antes de Outubro pode experimentar o trail da Pampilhosa, em Agosto. Já lancei o desafio...

    Beijinho e boa semana!

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    1. Sim Anabela, eu sei mas nessa altura não dá para mim.

      Beijinhos e boa semana :)

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  3. Fazer esta prova em 45 min e 52 min é obra!
    Diria que há descidas mais difíceis que certas subidas, exactamente pelo piso (aqueles carreiros já no km10/11 era de sair disparado se não fossemos com atenção...
    E olha, essa "parede" não foi a única subida em que andei, por isso não estou assim tão "em forma". ;)

    Beijinhos e boa semana!

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    1. Para mim, esses carreiros entre o 10 e o 11 foram o momento mais complicado e que estive quase a cair por duas vezes (numa travei em cima da Isa)

      Beijinhos e continua a evoluir assim tão bem :)

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    2. Prepara os travões para o Monge hihihihi
      Mas vais conhecer um corta fogo mítico (nesse o problema não é travar mas subir)

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  4. Descreveste muito bem a aventura de ontem, porque foi isso mesmo uma aventura :) É por isso que eu não consigo escolher entre uma prova de estrada e uma de trilhos, porque são muito diferentes e ambas têm pontos bons e pontos menos bons.

    E fico feliz pelas minhas meias terem "guiado" alguém.Hehe.

    Beijinhos e uma boa semana.

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    1. Sim, escolheste bem a prova para estreares as meias, senão lá tinha chocado contigo outra vez no túnel! :)

      Beijinhos

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  5. Parabéns pela estreia nos trilhos. Abraço.

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  6. Guerreiros corajosos e valentes!!! Parabéns, bela prova, belo relato....temos vários "problemas" em comum...os joelhinhos, a "boa" técnica nas descidas e a visão são alguns deles. Na questão das descidas estou a chegar à conclusão que (no meu caso) talvez seja mais receio do que outra coisa.
    Abraço e boas corridas

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    1. Olha, no meu é tudo. É receio, falta de técnica, desequilíbrio, joelhos... enfim... um mix completo!

      Um abraço e boas corridas

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  7. Parabéns pela conquista!
    De facto, o túnel metia medo... parecia o comboio fantasma da Feira Poular. A minha tática foi acreditar que havia chão... e seguir em frente! :)

    Abraço

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    1. Eh eh! Uma boa táctica! :)

      Um abraço e boas corridas

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  8. João, para estreia não foi nada mau.
    Parabéns.

    Abraço.

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    1. Foi bom, Vítor, dento das minhas limitações

      Um abraço

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  9. Olá João

    É uma prova muito bonita. Se não houvesse a Meia da Areia onde fiz parte da organização teria ido a esta.

    A passagem pelo túnel com os archotes, a serra e o mar. O terreno técnico qb, a tal subida que pode ser uma "parede" mas há piores e bem piores, e a última parte que nos faz sprintar até à meta faz desta prova uma prova a lá voltar mesmo que os pés não se adaptem lá muito bem a este tipo de terreno.

    :)

    A Corrida do Monge é uma continuidade desta. Esqueci o que me aconteceu na primeira vez que lá fui e voltei o ano passado. Recomendo-te vivamente pois é outra prova magnífica.

    Alternar a estrada com os trilhos é uma ideia pois se para mim neste momento não há provas como as dos trilhos compreendo que muitos não se sintam motivados para as fazer devido às tais descidas técnicas que requerem um pouco mais de atenção.

    Continuação e pode ser que no Monge esteja lá caso não coincida com o Trail de Piódão que é no dia 26 desse mês.

    Abraços!

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